Petrobrás tem lucro 42% menor no 1º trimestre de 2019

Queda na produção de óleo e gás faz com que o lucro da petroleira seja 42% menor que o mesmo período de 2018

Petrobrás fecha 1º trimestre com lucro 42% menor que em 2018

A Petrobrás fechou o primeiro trimestre com lucro de R$ 4 bilhões. Mesmo assim, o valor é 42% menor do que o atingido no mesmo período de 2018. De acordo com os dados divulgados pela estatal, a queda na produção de óleo e gás, além de adaptações a regras contábeis internacionais são os principais motivos para a diminuição do lucro.

Entretanto, Helder Queiroz, ex diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e professor do Grupo de Economia e Energia da UFRJ, ressalta o resultado com otimismo. “É um resultado positivo, considerando, principalmente, as paradas de plataformas que implicaram na queda de produção e um preço de petróleo menor”.

Além disso, Queiroz também lembra que era previsto um resultado pior. “Era de se esperar um lucro ainda menor”. Segundo Queiroz, deve-se ficar atento ao endividamento da Petrobrás que ainda é alto, e não somente no lucro. Segundo os dados divulgados, o endividamento da Petrobrás atingiu o valor de R$ 372,23 bilhões, número que estava na casa dos R$ 100 bilhões em 2012.

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Apesar da previsão mais pessimista de Queiroz, o mercado havia previsto um lucro menos tímido. Pela média de seis instituições financeiras consultadas pelo Estadão, era esperado um lucro de R$ 5,6 bilhões nesse primeiro trimestre.

Endividamento tem influência de novas regras contábeis

 

Este foi o primeiro balancete da Petrobrás divulgado segundo a nova norma contábil IFRS 16. Em virtude das novas regras, passa-se a ser obrigatória a divulgação de financiamentos, aluguéis de equipamentos, como sondas e plataformas. Com isso, o endividamento ficou R$ 105,9 bilhões maior.

O índice de alavancagem (dívida em relação à geração de caixa) ficou em 3,19 vezes. Sem a utilização da nova regra, teria ficado com 2,37 vezes. Vale lembrar, que a meta da estatal é atingir o índice de 1,5 vez.

A expectativa é de crescimento para os próximos meses. Principalmente, pelo fato de novas plataformas de extração entrarem em operação. Segundo o presidente Roberto Castello Branco, o cenário viabilizará melhorias para o futuro.

“Acreditamos que a redução da alavancagem financeira e do valor absoluto do endividamento, o alongamento o prazo médio de duração e a melhoria considerável no relacionamento com o mercado global de capitais viabilizará a melhoria na percepção de risco da Petrobrás e a redução do corte de capital”, afirmou.

No balanço, a Petrobrás também informou a criação de uma nova diretoria de relações institucionais. Com isso, a nova diretoria será responsável pelo relacionamento com governos, poderes legislativo e judiciário. Bem como, órgãos de controle e regulamentação, comunicação e responsabilidade social.

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1 COMENTÁRIO

  1. […] O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta quarta-feira (8) que a BR Distribuidora “não participará de nenhum processo de compra de refinarias”. A afirmação foi feita em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro. Mesmo com a afirmação ocorrendo um dia após a divulgação do balanço da estatal, que teve lucro de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre. […]

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