A Allison, fabricante de transmissões automáticas para veículos comerciais, decidiu quebrar um paradigma no mercado de ônibus urbano. A empresa apresentou as novas caixas Allison da Série 3000, desenvolvidas especialmente para veículos com motorização dianteira que, tradicionalmente, são equipados com transmissões manuais. A novidade já está disponível para o chassi OF 1721 L, da Mercedes-Benz e, ainda, o Agrale MA 17.
“No passado, as transmissões automáticas eram vistas com desconfiança por parte dos empresários de ônibus urbanos, por conta de seu custo inicial mais elevado. Hoje, o que conta é o Custo Total de Propriedade do veículo, que mostra que é possível recuperar o investimento em três anos, entre outras vantagens do produto”, ressalta Evaldo Oliveira, diretor regional América do Sul da empresa.
Segundo o executivo, as novas transmissões da Série 3000 incorporam a tecnologia xFE da Allison que proporcionam trocas de marchas mais suaves e ganhos de conforto para o motorista e os passageiros. As novas caixas de câmbio também agregam o pacote FuelSense®Max, que bloqueia o conversor de torque em baixas velocidades e melhora a economia de combustível. Sem contar a redução dos gastos com manutenção, que quase se restringem às trocas de óleo.
A empresa aposta na boa receptividade do produto, já atestada na Argentina onde foi lançado em 2016. Em apenas cinco ônibus monitorados, que já rodaram mais de um milhão de quilômetros quadrados, o uso da transmissão automática se mostrou muito vantajosa. O mesmo se dá no Brasil, onde a Série 3000 já opera em regime de teste em duas frotas do Rio de Janeiro.
Curiosamente, a Mercedes-Benz e a Agrale optaram por alternativas diferentes para conquistar os operadores urbanos com os novos chassis equipados com a transmissão automática Allison. Enquanto a primeira oferece as novas caixas sem a opção do retarder integrado, a Agrale decidiu apostar na combinação dos dois componentes.
“As transmissões automáticas trazem ótimas vantagens para as empresas de transporte, desde a otimização da manutenção até a maior durabilidade do trem de força”, ressalta Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz Brasil. “O motorista ganha mais conforto ao dirigir, além de aumentar sua atenção no trafego. Já os passageiros ganham com o bem-estar a bordo, em função das trocas de marchas mais suaves”, completa.