Risco de contágio aumenta em regiões dependentes de transporte público

se propagado com maior intensidade em regiões da capital paulista onde os moradores dependem mais de transporte público para trabalhar.

Um estudo do Instituto Pólis concluiu que a covid-19 tem se propagado com maior intensidade em regiões da capital paulista onde os moradores dependem mais de transporte público para trabalhar. De acordo com a pesquisa em parceria com o Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade). O último, vinculado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

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A associação de diversos indicadores permitiu aos pesquisadores mapear os pontos do município que apresentam maior número de internações. Na lista, destacam-se bairros como Capão Redondo, Cidade Ademar e Jardim Ângela, na zona sul; Brasilândia e Cachoeirinha, na zona norte; e Sapopemba, Cidade Tiradentes, Itaquera e Iguatemi, na zona leste.

Perfil da pesquisa

Para o levantamento, foram consideradas somente pessoas que utilizam o transporte público para trabalhar. Além disso, que não têm diploma universitário e que ocupam cargos não executivos. Tais critérios foram adotados porque se partiu do pressuposto de que, em geral, pessoas com nível superior, que trabalham por conta própria, ou seja, são profissionais liberais, ou que ocupam cargos executivos, aderiram ao home office. Assim, não precisando se deslocar até o local de trabalho.

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Os pesquisadores observaram que, apesar de terem associado às taxas de infecção e mortalidade a de adesão ao transporte público, não se pode afirmar com certeza que o contágio ocorreu dentro dos veículos. No entanto, admitem, que é possível dizer que as pessoas mais expostas à doença têm sido as que precisam furar a quarentena para trabalhar.

“Se o maior número de óbitos está nos territórios que tiveram mais pessoas saindo para trabalhar durante o período de isolamento, temos que pensar tanto em políticas que as protejam em seus percursos. Como ampliar o direito ao isolamento para as pessoas que não estão envolvidas com serviços essenciais. Entretanto, precisam trabalhar para garantir seu sustento”, analisam.

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