A paralisação dos caminhoneiros esfriou a recuperação do mercado de caminhões, que apresentou queda de 8,12% nos licenciamentos em maio em relação a abril. Segundo o balanço da Fenabrave divulgado na sexta-feira (1º), foram emplacadas 5.717 unidades no mês passado.
“Apuramos que, a partir do dia 25 de maio, o número de veículos emplacados começou a retrair. Este cenário ocorreu, entre outras razões, pela dificuldade de abastecimento de combustível, que fez com que os veículos, já prontos para entrega, não fossem conduzidos aos pátios dos Detrans para emplacamento”, disse, em nota, Alarico Assumpção Júnior, presidente da entidade.
As comparações seguem positivas sobre 2017: com relação a maio do ano passado, o volume de licenciamentos subiu 38,8%. Nos primeiros cinco meses do ano foram vendidos 26.607 caminhões, alta de 54% em relação a janeiro a maio do ano passado.
O empresário disse que os efeitos poderão ser sentidos ainda no resultado deste mês. “Considerando que o espaço de tempo, entre a venda do veículo e o seu emplacamento, é de até 7 dias, essa redução no volume ainda não pode ser apurada em sua totalidade, e os reflexos da greve dos caminhoneiros devem se estender nos resultados do mês de junho, disse”.
“Com a greve dos caminhoneiros/cegonheiros, os veículos não estavam sendo transportados até as Concessionárias e muitos não foram fabricados, dada à falta de componentes. Isso sem mencionar o desabastecimento de peças e a perda de serviços que seriam realizados nas oficinas de nossas Redes já que, sem combustível, os clientes não se deslocavam até as Concessionárias, seja para comprar novos veículos ou mesmo para realizar serviços nos que já possuem”, disse Assumpção Júnior.