No último dia 30 de dezembro de 2013, o Governo Federal incluiu o transporte rodoviário de carga no Proex, Programa de Financiamento às Exportações Brasileiras de Bens e Serviços. O beneficio permite as empresas que operam a modalidade a se habilitarem a financiamentos para exportações, a exemplo da indústria, através do Banco do Brasil. Em entrevista exclusiva ao PORTAL FROTA& CIA ONLINE, Guilherme Boger, gerente executivo da ABTI (Associação Brasileira de Transportadores Internacionais), explicou que o projeto inicia um relacionamento do Governo com o mercado de transporte internacional de cargas, pela via rodoviária.
Em meados de junho do ano passado, a entidade, que já participa da pasta de serviços logísticos do Plano Brasil Maior, sugeriu a inclusão do setor no Proex, em união com o MDIC, Ministério da Fazenda e Banco Central. Mas, foram pegos de surpresa por sua rápida aprovação: “Não esperávamos que o projeto seria aprovado em tão pouco tempo. Em menos de seis meses, o programa já foi publicado no Diário da União”, explica Guilherme.
O executivo explica que atualmente o transporte rodoviário de cargas internacional enfrenta muitas barreiras, e com o Proex, o transportador receberá um crédito diferenciado. “Para o mercado de exportação de carga, o programa só vai trazer benefícios, já que o sistema atual opera com muitas dificuldades”, diz o executivo. Mas nem todas as transportadoras poderão se inscrever no programa, ressalva. Apenas aquelas que estão cadastradas no SISCOSERV (Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviço), explica.
A ABTI tem previsão de que o Proex estará operando até o final do mês, mas acredita que apenas daqui um ano terão um panorama dos serviços prestados. Já nesta semana a entidade testará um piloto. Guilherme explicou ainda que atualmente cerca de 700 empresas operam o transporte internacional via rodoviária. “Com o novo programa, este número com certeza deverá aumentar, já que o mercado está ganhando visibilidade com estas facilidades oferecidas pelo Governo Federal” finaliza o gerente executivo da ABTI.
Por Diogo Salvador