Ou seja, a Petrobras quer que os percentuais de mistura obrigatória de biodiesel ao diesel (que será de 15% em 2023, chamado de B15) possam ser cumpridos também com o uso do novo produto. Assim, seria possível atender ao B15 usando parte o biodiesel convencional e parte o diesel verde.
Por sua vez, a diretora da ANP, Symone Araújo, rebateu as críticas da Petrobras. Ela alega que a agência não faz políticas públicas e que o debate sobre a introdução do diesel renovável na matriz dos transportes está centrado, hoje, no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Ela defende que o diesel renovável proposto pela Petrobras e o biodiesel convencional são produtos diferentes e que não há, hoje, no arcabouço regulatório, impeditivos à produção do diesel renovável.
“Se a Petrobras decidir, de forma muito sábia, olhar paras as unidades [de refino] e transformá-las em biorrefinarias, ela pode fazê-lo agora. Não há do ponto de vista regulatório nenhum impedimento”, afirmou