NTU pede ajuda e vê riscos do transporte público com nova alta do diesel

Os reajustes acumulados do diesel já aumentaram os custos do transporte público por ônibus em 10,6% só este ano. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Públicos (NTU)

O reajuste de 24,9% do óleo diesel nas distribuidoras, anunciado ontem pela Petrobras, 10, terá um impacto médio de 7,5% no custo das empresas operadoras de transporte coletivo. Os reajustes acumulados do diesel já aumentaram os custos do transporte público por ônibus em 10,6% só este ano. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Públicos (NTU), esses aumentos terão que ser repassados às tarifas caso não sejam compensados pelo poder público.

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O novo reajuste aumentou a participação do diesel no custo geral das operadoras do transporte público, de 26,6% para 30,2%; o diesel é o segundo item de custo que mais pesa no valor da tarifa, depois da mão de obra.

De acordo com a entidade, o novo reajuste pede com urgência uma forte atuação do Governo Federal para enfrentar o problema e oferecer soluções definitivas para a estabilização dos preços dos combustíveis. “A guerra da Ucrânia está servindo como justificativa para aumentos abusivos e inoportunos; o Brasil precisa de uma nova política de preços para os combustíveis, que traga previsibilidade aos agentes econômicos e aos consumidores. Existem algumas propostas em debate no Congresso Nacional para conter o reajuste dos combustíveis, que podem ser melhoradas. Mas nem elas avançam, pela falta de consenso interno e de articulação do Governo”, afirma Francisco Christovam, presidente executivo da NTU.

A NTU envia correspondências ao governo alertando para os impactos do diesel e pedindo uma política diferenciada para o setor há dois anos, sem resposta. “O consumo de diesel do transporte público por ônibus nas cidades e regiões metropolitanas é de apenas 5% a 6% do total do consumo nacional; ter uma política diferenciada para esse segmento não impactaria significativamente a política de preços dos combustíveis”, completa Christovam.

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