Nordeste tem a maior oferta do S50 no BR

Número de postos pode subir para 4.200 com o diesel ofertado em Fortaleza, Recife e Belém

Número de postos pode subir para 4.200 com o diesel ofertado em Fortaleza, Recife e Belém

Desde 1º de janeiro, a venda do diesel S50, que possui um menor teor de enxofre, tornou-se obrigatória no território nacional e, de todas as regiões, a que mais possui postos com ofertas deste combustível é a Nordeste. De acordo com uma determinação da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Ceará e Pernambuco são os Estados com maior número de revendas varejistas adaptadas ou obrigadas a oferecer o produto.

Estes Estados figuram entre os primeiros do ranking, pois nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e também Belém (no Norte do País) o diesel S50 é único a ser comercializado desde maio de 2009. Além disso, a ANP selecionou mais 3.100 postos que se somaram aos 1.100 que já vendem o produto nestas três cidades.

Para que os caminhoneiros não sofram com a falta deste tipo de diesel, a ANP determinou que mais de 4.200 postos devam cumprir a norma, a agênciamapeou os estabelecimentos prevendo uma autonomia de 100 quilômetros dos veículos pesados. Nesta determinação, a entidade também indicou que o número de bicos aptos ao abastecimento, deste combustível, deve ser maior do que os oferecidos aos motores do ciclo Otto – gasolina e etanol.

O curioso é que a principal praça rodoviária brasileira, com 26.778 quilômetros de estradas federais, a região Sudeste, aparece em segundo lugar na lista da ANP em oferta do S50, com 840 estabelecimentos.

Para garantir que os postos tenham disponível o produto, a ANP está fiscalizando os pontos de revenda do combustível. Na semana passada, por exemplo, a agência vistoriou oito estabelecimentos, na região metropolitana de São Paulo, dos quais dois não possuíam o diesel em seus tanques, eles foram autuados e podem receber uma multa que varia de R$ 5 mil a R$ 2 milhões, segundo a Lei 9.847/1999.

“Infelizmente, chegamos à condição de ser autuados. Isso tudo é desnecessário porque cria um antagonismo entre o agente econômico e a agência reguladora”, afirmou Ricardo Hashimoto, diretor de postos de rodovia da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), que ainda destacou que alguns postos, que possuem o S50 à disposição, não receberam nenhum cliente procurando por ele.

O diretor pediu também mais tolerância da ANP para os estabelecimentos poderem se adequar a esta nova norma. “Para fazer uma modificação, diversas instâncias devem se manifestar. Licenças ambientais podem atrasar, temos limitações. Os postos irão se adaptar na medida em que os consumidores começarem a procurar pelo produto”, ressaltou.

Webtranspo

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