As empresas exportadoras da indústria automotiva têm cerca de R$ 500 milhões de créditos acumulados a resgatar por meio do programa Reintegra. O cálculo é da Becomex, uma consultoria especializada na área tributária a operações internacionais, referentes aos anos de 2016, 2017 e primeiro trimestre de 2018.
Embora a alíquota do Reintegra tenha sido reduzida de 2% para 0,1%, como forma de viabilizar a redução do preço do diesel e encerrar a greve dos caminhoneiros, há ainda crédito acumulado de operações de exportação feitas no passado. A Becomex estima que, somados todos os setores da economia, ainda há R$ 9,5 bilhões em crédito acumulado a serem resgatados, referentes aos cinco anos anteriores à nova decisão.
Segundo o vice-presidente da Becomex, Rogério Borili, as empresas exportadoras têm o prazo de cinco anos para requerer os créditos do benefício. “Esse corte na alíquota impacta na competitividade das empresas. Por isso, o setor não pode esquecer o passado e deve recuperar o saldo que ainda têm direito. Após o prazo, esse crédito volta para os cofres do governo e deixa de ser utilizado para investimentos dentro da empresa”, afirma Borili.