Impacto do Transporte rodoviário na economia pode chegar a 29%

A safra brasileira de grãos 2020/21 foi estimada em um volume recorde de 278,7 milhões de toneladas. Dessa forma, significando uma alta

O peso do transporte rodoviário de carga é estimado em torno de 1,4 ponto percentual (p.p.) do PIB, de acordo com análise das contas nacionais entre 2010 e 2017. No entanto, o impacto do setor na economia pode ser em torno de 29%. Isso acontece porque esse modal permite que haja interligação entre mercados produtores e consumidores, fazendo com que a economia flua.

Desssa forma, com boa parte das atividades do país está paralisada, a economia brasileira tem passado pelas estradas, que se tornaram ainda mais fundamentais nesse momento para garantir o abastecimento da população e o acesso aos bens essenciais.

Segundo a economista Juliana Trece, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), a participação no PIB do valor adicionado das atividades mais impactadas pelo transporte terrestre de carga. Das 68 atividades que compõem a economia, 37 foram analisadas por aparentarem ser mais relevantes, seja na fase inicial do transporte dos insumos para serem transformados ou na fase final, em que a produção é escoada para o mercado consumidor.

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“O transporte rodoviário de carga é considerado essencial e não foi interrompido com as medidas de isolamento social. Aliás, o pouco que a economia tem desempenhado, e deve continuar desempenhando neste trimestre, passa pelas estradas do país. Entretanto, agora, dois anos após a greve dos caminhoneiros, torna-se ainda mais fundamental por atender todos os demais setores”, ponderou a especialista.

Impacto do transporte em comparativo com a greve

Em 2018, quando os caminhoneiros pararam entre maio e início de junho, por um período em torno de duas semanas, a mediana da expectativa de crescimento do PIB reduziu de 2,5% poucas semanas antes da greve, para 1,6% um mês após o evento. Posteriormente,  fechando em 1,1% em dezembro.

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“A atual crise gerada pela Covid-19 difere das anteriormente vivenciadas no Brasil por ter origem fora do âmbito econômico (é uma crise de saúde). No entanto, tem efeitos significativos na economia. Há ainda muita incerteza sobre o tamanho do impacto negativo do PIB para este ano. Como é esperada uma forte retração, muito provavelmente a atividade de transporte terrestre (carga + passageiros) também deve arrefecer. Em função da alta correlação entre este setor com o PIB.”, finalizou

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