A Gafor SA assinou um acordo com a companhia francesa Norbert Dentressangle, a fim de estruturar uma joint venture e conceber uma nova companhia de logística no Brasil, a NDG Logistics.
A nova empresa deve ser formalizada até o final deste ano e iniciará as operações entre os meses de março e abril de 2013. O aporte inicial para o início dos trabalhos ainda não foi definido, uma vez que o capital utilizado dependerá do primeiro contrato firmado.
A NDG Logistics chega sustentada pela estrutura das duas companhias que tem porte significativo. A Gafor Logística, que oferece serviços de transporte, armazenagem, controle de estoque, distribuição e manuseio registrou este ano, um faturamento de R$ 500 milhões. Já a Norbert Dentressangle, que estima receita de 3 bilhões de euros para 2012, é uma empresa com 33 anos de mercado que opera no mercado europeu serviços de transporte com 7.800 veículos operacionais, logística, com 6,6 milhões de m² de área de armazenagem seca e 3,5 milhões de m³ para estocagem frigorificada, e freight forward, com 42 escritórios espalhados por 11 países.
A composição acionária do novo provedor é igualitária.
O diretor de Projetos da Gafor Logística, Philippe Aymard, explica que a empresa brasileira continua sua atuação independente do novo provedor. Isso porque, diz, existem para ela outras oportunidades na logística, como a atuação no segmento agro e no transporte, realizando, por exemplo, grandes transferências. Já a Norbert Dentressangle, também continua de forma autônoma a atuar no mercado brasileiro como freight forwarder, com operações pequenas e específicas.
Estratégias
Aymard adianta que já existem contatos realizados junto a alguns clientes e a meta é oferecer serviços de armazenagem e distribuição de produtos industriais. “São propostas de maturação longa, pois são projetos complexos”, diz. O executivo, porém, faz um lembrete. “Nesse momento o objetivo é definir o tipo de serviço e não focar determinados mercados”, ressalta. A área de atuação, contudo, já foi definida. Regiões Sudeste e Nordeste serão prioritárias.
O diretor de Projetos conta que a NDG ainda estuda o modelo que irá oferecer ao mercado. “Iremos operar in house se o cliente possuir estrutura de custo e física prontas”, afirma. Ele não descarta, também, a construção de centros de distribuição próprios. Os modelos de utilização ainda serão definidos. “O CD poderá ser exclusivo ou multiclientes a partir de um cliente âncora que o viabilize”, explica.
Com relação ao transporte, Aymard revela que as operações serão realizadas com cargas fracionadas e de lotação, efetuando toda a gestão da cadeia logística. Aqui, ele faz outra ressalva. “Vamos tomar o cuidado para não vincular que a Gafor Logística será necessariamente o parceiro operacional da NDG”, salienta. Segundo o executivo, faz parte do planejamento estratégico definir se a nova empresa terá ativos próprios ou irá contratar terceiros.
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