O frete rodoviário das principais rotas de grãos subiu em média 13% no acumulado deste ano. Além disso, o volume registrado na comparação com período de auge da última safra foi em mais de 30%.
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As estimativas são do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq/USP (Esalq-Log) e se referem à média de preços do mercado interno. O aumento do custo do transporte foi puxado pelas altas consecutivas do óleo diesel e pela maior demanda para escoamento da safra de verão. A tendência é de que os preços recuem no último trimestre do ano. No entanto, ainda permaneçam elevados na comparação com os valores do ano passado, segundo especialistas em logística.
Os especialistas atribuem a inflação do frete a três fatores: o atraso na janela da soja da safra 2020/21, que levou à concentração de grãos no mesmo período para escoamento; a valorização dos grãos diante do dólar apreciado ante o real, que aumentou a demanda para transporte fazenda-porto; e aos sucessivos aumentos do diesel.
“Tivemos uma safra de soja em volume normal, apesar da menor produção de milho. Isso se refletiu em fretes muito altos até julho, em virtude do escoamento da soja, e depois declinaram, porque a necessidade de cargas era menor, mas se mantiveram acima dos valores do ano passado”, explicou o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira.