Exportações fazem produção de caminhões crescer após três anos

    Depois de três anos seguidos de queda na produção, a indústria de caminhões começa a dar sinais de recuperação, puxada pelo crescimento das exportações.
     
    Entre janeiro e julho deste ano, foram fabricados 43.223 veículos, alta de 22,4% na comparação com o mesmo período de 2016, quando saíram das linhas de produção 36.326 unidades.
     
    A fabricação de veículos pesados ainda está bem abaixo de 2013, quando nos sete primeiros meses foram produzidas 109.990 unidades. Entretanto, os dados atuais são vistos como um alento para as montadoras que atuam no setor.
     
    “Estamos vendo sinais de recuperação, e a venda de caminhões é um termômetro para toda a economia”, diz o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes. No entanto, são as exportações que estão garantindo o aumento na produção.
     
    Considerando os sete primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2016, as vendas de caminhões ao exterior subiram 47,4%, enquanto as comercializações no mercado interno caíram 14,1%.
     
    “O licenciamento ainda vai seguir negativo por alguns meses porque há um atraso de 30 a 90 dias entre a compra e o emplacamento. Após adquirir um veículo pesado, é necessário colocar implementos [baú, carroceria ou tanque, por exemplo], e isso leva tempo”, diz o diretor de caminhões Volvo no Brasil, no Uruguai, no Paraguai e na Bolívia, Bernardo Fedalto. 
     
    As exportações e o agronegócio ajudaram cobrir parte da ociosidade nas fábricas e as montadoras começam a repor postos de trabalho. A Scania, por exemplo, contratou cerca de 500 profissionais para sua unidade em São Bernardo do Campo.
     
    “Como temos um produto global e fábricas padronizadas em todo o mundo, foi possível direcionar o volume para atender à demanda de outros países”, diz o vice-presidente de Logística da Scania Latin America, Marcelo Gallão. 
     
    Na Iveco, houve um aumento de 144% nas exportações de veículos comerciais no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. A produção, por sua vez, subiu cerca de 15%. Nos últimos três anos, a empresa teve crescimento de 236% nos envios ao exterior.
     
    “A montadora se adaptou à nova realidade econômica do país, fazendo os ajustes necessários e mantendo os investimentos, e se preparou para atender asdemandas internas e externas dos setores de transportes de cargas e de passageiros”, afirma o diretor de marketing da Iveco para a América Latina, Ricardo Barion. 
     
    Diante dos resultados em vendas, representantes das montadoras consideram que 2017 fechará com dados semelhantes a 2016, o que, de acordo com eles, será um bom desempenho, considerando o fraco 1° bimestre.
     
    Fonte: Folha de São Paulo (Folha Invest)
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