De acordo com a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), o diesel compõe mais de 40% de todo o custo operacional das empresas que oferecem o serviço de frete. Por isso, com o novo reajuste do combustível, o frete deve aumentar.
“Diferentemente da Petrobras, que é detentora de um monopólio, as empresas de logística não conseguem repassar os aumentos de preço imediatamente, o que pode levar um ou dois meses para acontecer, e a negociação muitas vezes não ocorre na totalidade do aumento”, disse a Abol em nota de posicionamento, após o último ajuste anunciado pela petrolífera.
Ao InfoMoney, Marcella Cunha, diretora executiva da Abol, explicou que as empresas estão perdendo a capacidade de absorver os aumentos dos preços de combustíveis, pois já não conseguem mais fazê-lo sem comprometer de forma relevante sua margem de lucro.
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“É algo o que as empresas vem fazendo nos dois últimos anos, principalmente. Atualmente, pouquíssimas vão conseguir fazer, talvez algumas de grande porte. A opção inevitável é o repasse desse custo adiante, havendo um aumento, portanto, no frete que o consumidor irá pagar, seja qual for a mercadoria, além de causar um aumento generalizado na cadeia de suprimento e logística das empresas”, explica Marcella.