O escoamento de carga por trens até os portos do Paraná cresceu 15% nos quatro primeiros meses do ano contra o mesmo período de 2018. De acordo com a administração dos Portos do Paraná, entre janeiro e abril, 61 mil vagões movimentaram 3,2 milhões de toneladas.
Em comunicado, a empresa afirmou que o tabelamento do frete rodoviário impulsionou o uso dos trens para a carga. Com isso, o uso do modal rodoviário, por exemplo, caiu quase 26% no período. Já a cabotagem cresceu 6,2% no primeiro quadrimestre do ano. Nesse ínterim, o número de caminhões que movimentaram pelo Porto de Paranaguá caiu de 161 mil para 119 mil.
“Entre janeiro e abril de 2018, o volume de carga transportada por cabotagem foi de 750.829 toneladas. Entretanto, neste ano foram 797.348 toneladas. Dos 68 navios que atracaram, nesta modalidade, 51 foram de granéis líquidos, 15 de contêineres e dois de granéis sólidos”, informou a empresa.
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“Trabalhamos constantemente para que os custos logísticos dos operadores portuários sejam reduzidos. No entanto, consideramos saudável essa busca de alternativas frente as dificuldades no transporte de carga. A diversificação dos modais é sempre positiva”, comenta o presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Transporte terrestre perde força
A quantidade de caminhões que movimentaram pelo Porto de Paranaguá, que era de 161.105 no primeiro quadrimestre de 2018, caiu para 119.269 no mesmo período em 2019. Da mesma forma, o volume de carga transportado pela rodovia, nos dois sentidos, registrou queda. De 5,8 milhões de toneladas, nos primeiros quatro meses de 2018, passou para 4,3 milhões este ano.
O uso de modais alternativos tem impacto direto nos custos logísticos e no fluxo de tráfego das estradas. Um vagão tem capacidade para transportar cerca de 45 toneladas de produtos, cinco toneladas a mais do que um caminhão. Com isso, para carregar um navio de grãos, são necessários, em média, 1.500 vagões, ou 1.800 caminhões.