A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) afirmou nesta última sexta-feira (24) que propôs ao governo durante reunião na Casa Civil a criação de um fundo para estabilização do preço do diesel. De acordo com a associação, a criação do “cartão caminhoneiro” para garantir o valor do combustível aos motoristas não vai resolver os problemas do setor.
Participaram da reunião o presidente da Federação dos Caminhoneiros de São Paulo (Fecam/SP), Claudinei Pelegrini, e o presidente da Federação dos Caminhoneiros do Rio Grande do Sul (Fecam/RS), André Costa.
O estudo
Segundo o engenheiro Paulo Cesar Ribeiro Lima, consultor técnico da Abcam, o artigo primeiro da lei 13.586, de dezembro de 2017, concede benefícios fiscais para empresas do setor de petróleo que lhes permite “efetivamente escolher quanto querem pagar de imposto de renda e CSLL”.
Para o consultor, uma revogação do artigo permitiria uma arrecadação anual de pelo menos 17 bilhões de reais por ano que poderia ser usada para financiar o fundo de estabilização.
Nova paralisação
A associação, que foi uma das lideres do movimento grevista do ano passado, afirmou que a expectativa atual é que governo federal analise as propostas apresentadas para a redução do diesel. Enquanto isso, ficam suspensas novas paralisações dos caminhoneiros.
Na semana passada, A BR Distribuidora iniciou os testes do “Cartão do Caminhoneiro Petrobras”. O cartão funciona como um pré-pago na compra de diesel, em postos com a bandeira Petrobras nos principais corredores rodoviários do país.
Para a Abcam, a solução apresentada pela estatal não resolve os problemas dos caminhoneiros, pois eles têm que se endividar previamente com o cartão pré-pago.
Fonte: DCI