TRC economizaria até 60% ao trocar diesel por GNL, diz estudo

Pesquisadores da USP afirmam que, além do benefício econômico, a medida pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa

Petrobrás comunica às distribuidoras de gás natural do Nordeste que não fornecerá mais o combustível às concessionárias a partir de 2022.
De acordo com uma nova pesquisa, trocar o óleo diesel por gás natural liquefeito (GNL) no transporte de cargas significaria uma redução de até 60% nos custos com combustíveis no estado de São Paulo. A conclusão foi tirada de um estudo brasileiro conduzido por pesquisadores do Instituto de Energia e Meio Ambiente da USP. A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela petroleira Shell. Os resultados foram publicados na revista científica internacional Science of Total Environment.Leia também: Etanol evita emissão de 535 mi de toneladas de CO2

Segundo os pesquisadores, os maiores beneficiários dessa troca seriam a capital paulista e Campinas. Em razão dos valores do diesel na região, mais altos do que no resto do estado.

No trabalho, foram projetados quatro cenários em que o diesel seria trocado pelo gás no transporte de cargas. Em um deles, as emissões de CO2, principal gás de efeito estufa, seriam reduzidas em 5,2%. Já que à medida em que a liberação de hidrocarbonetos, também danosos ao meio ambiente, seria eliminada.

Apesar dos possíveis benefícios, o GNL ainda não pode ser usado livremente no setor de transporte brasileiro. Dentro do território nacional, ele não consta no regulamento como combustível de veículos, o que barra sua implementação no lugar do diesel.

De acordo com Dominique Mouette, professora de gestão ambiental da USP e uma das autoras do trabalho, para que os resultados do estudo possam ser trazidos à realidade, é essencial investir em infraestrutura e em veículos no país. “A implantação de políticas públicas de incentivo é fundamental”, afirmou a VEJA.

 

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