Depois de um ano fraco, os fabricantes de implementos rodoviários registram aumento das vendas nos últimos meses do ano. A informação é do Simefre, sindicato da indústria de materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários. A entidade acredita que o movimento é reflexo das condições especiais do Finame, que desde setembro tem juros de 2,5% ao ano. “Houve um pico com os clientes antecipando compras. Nosso prazo de entrega já chega a março, mês limite para o faturamento com a taxa atual”, explica Cesar Pisseti, vice-presidente da organização.
Apesar disso, o setor deve encerrar o ano com queda de 14,3% na produção, para 163,5 mil unidades. “Esse é um bom número”, avalia o executivo. Deste total, 158 mil equipamentos serão comercializados no mercado interno. Já as exportações responderão por 5,5 mil unidades.
O Simefre destaca que a fabricação de implementos rodoviários é responsável por mais de 70 mil empregos diretos e indiretos. Mesmo com a queda nas vendas, o setor pode alcançar faturamento em torno de R$ 8 bilhões, superando as expectativas do sindicato, que projetava receitas em torno de R$ 7,5 bilhões. Além das condições especiais do Finame, a isenção do IPI para bens do segmento também impulsionou o resultado, além da boa performance do setor agrícola e das obras de infraestrutura.
2013
O Simefre projeta crescimento para o ano que vem, com elevação em torno de 5,5% na produção de implementos, para 172,6 mil unidades. O faturamento pode chegar a R$ 8,5 bilhões. Esse cenário é baseado na expectativa de expansão do PIB em torno de 4% em 2013.
Como fatores positivos, o setor conta com a aceleração das obras para que o Brasil sedie a Copa e as Olimpíadas, a boa performance do agronegócio e o aquecimento da construção civil com o PAC. Ainda assim, os fabricantes afirmam ter espaço para atender a uma demanda maior, já que o País tem capacidade instalada para produzir até 215 mil implementos por ano.
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