Campanha conscientiza caminhoneiros contra cargas contrabandeadas

Lei sancionada no início de 2019 prevê a cassação da CNH e a prisão por até 5 anos de quem for flagrado cometendo esse crime

De acordo com pesquisa do IPTC (Instituto Paulista de Transporte de Carga), encomendada pelo SETCESP, o ano de 2019 foi de faturamento para o Transporte

O Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) lançou, nesta terça-feira 2 de julho, uma campanha nacional voltada para motoristas de caminhão. O lema da campanha é ‘Agora é Lei – Evite a apreensão da sua CNH’ e tem como objetivo alertar a categoria sobre a nova Lei 13.804, que pune o transporte de cargas ilegais como produtos contrabandeados e pirateados com a perda da habilitação e prisão de até 5 anos.

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De acordo com Edson Vismona, presidente do FNCP, é importante a campanha ressaltar  que o barato pode sair caro. “Muitos profissionais são atraídos pelos criminosos com a promessa de lucros fáceis. Entretanto, agora quem se aventurar por esse caminho, mesmo que apenas eventualmente, pode até perder o direito de continuar dirigindo. Portanto, é um risco não só para o motorista, mas para as famílias deles”, afirma Vismona.

Como será a campanha

A campanha, que vai até  o fim de agosto, será veiculada em outdoors de 18 rodovias brasileiras. Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná. O projeto também conta com a distribuição de material informativo aos motoristas que passarem por pedágios no Mato Grosso do Sul e no Paraná – duas das principais portas de entradas de produtos ilegais para o Brasil. Além de ações em redes sociais, no Waze e no aplicativo Truckpad.

O Brasil registrou prejuízos de R$ 193 bilhões em função do mercado ilegal somente em 2018. Esse valor é a soma das perdas registradas por 13 setores industriais. Juntamente com a estimativa dos impostos que deixaram de ser arrecadados em função do comércio de produtos ilegais. Portanto, vale lembrar que somente o contrabando de cigarros (produto campeão da ilegalidade no país) causou perdas de R$ 11,5 bilhões aos cofres públicos no ano passado. No Brasil, 54% de todos os cigarros vendidos são ilegais, contrabandeados do Paraguai.

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