Queda nos transportes pressiona setor de serviços

O setor de serviços cresceu 1,7% em março com relação a fevereiro, esse é o melhor desempenho para o mês desde 2011, segundo

No mês de maio, o volume de serviços ficou estável se comparado com o mês anterior, quando cresceu 0,5%. O setor de transportes foi o único das cinco atividades a registrar queda no período, com recuo de 0,6%. Devido a isso, acabou pressionando o setor de serviços de modo geral, que está 1,1% abaixo do nível de dezembro de 2018. Além disso, o transporte terrestre também impactou o setor, registrando um recuo de 5,6% em relação ao final do ano passado.

Os dados foram divulgados pelo IBGE, através da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), nesta última sexta-feira (12). Se comparado com abril, as atividades em alta são de serviços de informações e comunicações (1,7%), outros serviços (2,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,5%).

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, se levarmos em conta os cinco primeiros meses do anos, os transportes, principalmente o rodoviário, foram um dos principais entraves para o crescimento do setor, que teve três resultados negativos no ano.

“Existe um movimento de aderência entre o setor de transportes e a indústria. Como grande parte da nossa produção é escoada pelas estradas, à medida que a produção industrial não cresce, não há necessidade de contratar o serviço de transporte de cargas”, explica.

Embora existam alguns outros segmentos com dinamismo, o setor no geral não deslancha, porque existe uma dificuldade no volume de negócios entre empresas, segundo Rodrigo. Nas épocas de crise, as empresas não renovam contratos de serviços considerados supérfluos como vigilância e segurança, transporte de valores e limpeza.

“O freio colocado nos gastos públicos também contribuiu para a redução dos serviços. Então, enquanto o investimento privado não ocupar o lugar deixado pelo público, parece que o setor tem dificuldade de retomar o crescimento”, concluiu o gerente da pesquisa do IBGE.

Fonte: Setcesp.

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