A portuguesa Rangel Logística prepara um investimento para expansão de suas atividades nas américas. Assim, a empresa busca aproveitar a receita de 203 milhões de euros mesmo com a pandemia global.
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Partindo da estrutura atual na região, que compreende um escritório em São Paulo desde 2013 e outro no México, aberto em 2020, a meta é chegar a 2025 com bases também na Colômbia, no Peru, totalizando unidades em 9 países da Europa, África e das Américas.
“Chegamos à conclusão de que estávamos focados demais nos negócios gerados em Portugal, que é hora de destacar no mercado latino-americano os diferenciais pelos quais a Rangel é conhecida no mundo, explorar as oportunidades do agronegócio brasileiro e atacar outras geografias”, resume Enrique Garcia, diretor de desenvolvimento de negócios para América Latina da Rangel.
Brasil será um dos focos
Com isso, o Brasil também deve se tornar um polo originador de carga de maior importância. O executivo acredita que o país pode bater em 2021 o recorde de superávit de US﹩ 50 bilhões obtido no ano passado, com a demanda global por alimentos intensificada pela pandemia, a desvalorização histórica do real a facilitar exportações e a expectativa de safra recorde para o ciclo 2021/22.
O coração da expansão, no entanto, é o reposicionamento do portfólio no mercado latino-americano, que passa a atender de forma mais incisiva as necessidades de pequenas e médias empresas em processo de internacionalização.
Receita de sucesso
Garcia quer disponibilizar os mesmos serviços que já habilitam os clientes da Rangel em outras regiões a participarem de fluxos internacionais. Entretanto, sem ter necessariamente departamento de exportação. A proposta de valor une, portanto, expertise em logística e assessoria efetiva de comércio exterior.
Um passo crucial nesse objetivo é a estruturação até o fim do ano da Rangel 2 Supply, empresa de importação e exportação em Extrema (MG) a serviço dos clientes da Rangel. A Rangel 2 Supply vai prestar serviços de compra e venda de mercadorias, demanda por clientes não presentes no Brasil, mas com parceiros por aqui. Embora esse tipo de serviço raramente seja prestado por operadores logísticos, a expectativa é que se torne um recurso estratégico também dos clientes brasileiros em busca de mercados no exterior.