A produção industrial fechou o mês de julho com recuo de 0,3%, de acordo com dados do IBGE. Dessa forma, os dados registram a terceira queda consecutiva, totalizando uma retração de 1,2% de maio a julho. Com isso, as indústrias brasileiras voltam a operar em patamar semelhante ao ano de 2009.
O resultado surpreendeu os analistas do mercado, que projetavam um crescimento de 0,45% ante o mês de junho. No entanto, nem o crescimento de 0,3% do PIB no segundo trimestre contribuiu para que a produção industrial fosse positiva na Pesquisa industrial Mensal, divulgada pelo IBGE.
Além disso, outro dado alarmante é a redução de 0,3% na produção de bens de capital. Anteriormente, havia sido registrada queda de 0,4% na pesquisa de junho. De acordo com a economista, Laura Karpuska da gestora de recursos BlueLine, o resultado coloca sob alerta a continuidade do crescimento. “Bens de capital foi o setor que mais sofreu durante a crise. Chegou a cair mais de 50% entre 2015 e 2016. Entretanto, desde o fim do ano passado estava em recuperação”.
A equipe econômica do governo acredita em uma retomada de crescimento somente a partir da pesquisa de setembro. Com isso, a previsão é que agosto seja uma espécie de “fundo do poço” para o setor.
De acordo com o secretário especial de Política e Economia, Adolfo Sachsida, será o fim de um período complicado. “Os resultados de julho e agosto da atividade econômica inspiram cuidado. Alguns resultados são bons e outros não são tão bons. Agosto é o fim de um período complicado na economia, agosto é o fundo do poço.”
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