Valor do frete para transportar grãos até o Porto de Santos sofre aumento

    Os preços dos fretes para transportar grãos para os portos do país, como o de Santos, no litoral de São Paulo, devem atingir, entre agosto e setembro, números próximos ao da colheita de verão. O motivo é o aumento dos combustíveis e supersafra de milho, que precisa ser distribuída pelos armazéns e terminais portuários do país.
     
    Segundo o grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (EsalqLog), em agosto, o aumento em relação ao mesmo mês do ano passado na rota entre Jataí, em Goiás, e o Porto de Santos, deve atingir 14%. A alta ainda é maior no Paraná. O trajeto entre Toledo e o Porto de Paranaguá custará 74,2% a mais do que em relação ao mesmo mês do ano passado.
     
    De acordo com o pesquisador da EsalqLog, Samuel da Silva Neto, aproximadamente 50% de todos os grãos são exportados pelo Porto de Santos. O frete, em junho, chegou a R$ 165 por tonelada. Já em julho, esse número passou para R$ 182. A previsão é que possa atingir até R$ 195 até setembro.
     
    “O que se espera para agosto e setembro é que o fluxo no patamar muito próximo do que vimos em fevereiro e março, onde tem mais caminhões. Tivemos anos parecidos, como 2015. Esse fluxo de grãos para Santos depende da produtividade agrícola e do cenário. No ano passado, por exemplo, no segundo semestre, tivemos muito menos do que agora”, compara.
     
    Outro fator que contribui para o aumento do frete é a utilização de ferrovias para o transporte dos grãos. Nos últimos anos, o investimento no modal ferroviário foi motivado, principalmente, pelo agronegócio. Os grãos são produzidos em áreas longe do porto e elas precisam ter uma alternativa intermodal para chegar aos navios.
     
    “A ferrovia faz esse apoio entre a região produtora e os portos. É um modal bastante efetivo para soja, milho, fertilizante. As concessionárias estão olhando o agronegócio com bons olhos, principalmente, pelo volume que coloca nas zonas portuárias e pelas taxas de crescimento de produção. Na ferrovia, a remuneração é pelo volume e a distância. Quanto maior o volume e a distância, maior o pagamento”, conclui.
     
    Fonte: G1
     
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