Falta de recursos do governo ameaça cronograma de obras do DNIT

    O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), dono de um dos maiores orçamentos federais, está com dificuldades para garantir a manutenção dos 55 mil quilômetros de estradas que administra em todo o País. Com a pior receita já registrado na última década, o órgão está priorizando manutenções emergenciais.
     
    Entre janeiro e setembro deste ano, o Dnit desembolsou R$ 6 bilhões, onde 45% desse dinheiro foi usado para pagar contas de anos anteriores. No mesmo período do ano passado, a execução financeira chegou a R$ 7,8 bilhões. Já em 2014, o valor atingiu R$ 9,7 bilhões nos três trimestres daquele ano.
     
    As dúvidas sobre o orçamento do Dnit são tão grandes que, no Projeto de Lei do Orçamento Anual para 2018 que o governo encaminhou Congresso Nacional, tratou de excluir qualquer recurso para o Departamento voltado a investimentos, limitando-se a informar apenas valores para custeio do órgão federal. 
     
    Internamente, o governo avalia encaminhar uma proposta de R$ 11,171 bilhões para o orçamento do Dnit em 2018. O Ministério dos Transportes pressiona para que esse valor suba para R$ 14 bilhões.
     
    A falta de recursos está ameaçando, inclusive, o cronograma de obras que estão no topo das prioridades do governo, como a pavimentação da BR-163, entre o Mato Grosso e o Pará, que sofre com atoleiros, inclusive, durante o período de escoamento de safra. 
     
    Entre janeiro e setembro deste ano, foram liberados R$ 162,6 milhões para a BR-163, nos trechos entre o Mato Grosso e o Pará, segundo informações compiladas pela organização Contas Abertas, a partir de dados do governo federal. No mesmo período do ano passado, esse mesmo entroncamento recebeu R$ 277 milhões. Procurado pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o Dnit informou que aguarda a divulgação de novo orçamento.
     
    Fonte: Isto É/ O Estado de São Paulo
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