Entidades e governo concluem Plano de Renovação de Frota

    Documento final será apresentado no dia 20, mas só pode ser implantado após as eleições

    Na próxima quarta-feira, dia 20, dirigentes de entidades de classe ligadas ao setor de transportes irá se reunir com o ministro Mauro Borges, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para entregar oficialmente a proposta do Plano de Renovação de Frota elaborada pelo grupo, em conjunto com o governo. Foi o que o informou o Conselheiro do Sindipeças, Renato Simenauer, durante palestra sobre o tema realizada no 24º Congresso da Fenabrave, encerrado ontem em Curitiba.

    “É a primeira vez que uma coalizão de entidades se une em torno da proposta”, comentou Renato, ao adiantar que o Plano prevê a substituição de 30 mil caminhões a cada ano, a partir do 7º ano de implantação. Os veículos deverão ter mais de 30 anos de uso e serão obrigatoriamente sucateados, para impedir sua volta ao mercado, entre outras exigências.

    Outra novidade do programa, segundo o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Gomes Moraes, é a criação de uma tabela de preços para veículos usados, acrescida de um valor adicional, para estimular a venda e o sucateamento do bem. A iniciativa conta com o apoio do assessor da diretoria do BNDES, Samy Kopit, que também participou do debate. “O delta desse fator de indução ainda não está definido, mas é consenso que isso tem uma função social”, explicou o executivo, ao afirmar que o Plano não cria nenhum déficit fiscal. Ao seu ver, o Programa é estruturante, pelo fato de melhorar a condição do transporte e possibilitar a redução do Custo Brasil. Em complemento, Samy explica que a iniciativa vai aumentar a arrecadação e reduzir as despesas com acidentes, seguros e emissões de poluentes.

    Margarete Gandini, coordenadora geral da Indústria Automotiva do MDIC disse, por sua vez, que todas as minutas dos atos legais para aprovação do Plano já estão prontas. Mas, ressalva, “por força da legislação eleitoral, nada disso poderá ser aprovado antes das eleições de outubro”, insinuando que, em caso de reeleição, esta seria uma das primeiras medidas da presidente Dilma em seu segundo mandato.

    Fonte: FROTA&Cia On Line

     

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