CNT estuda medidas contra nova política de preços da Petrobras

    A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) informou ontem (21/dez) que estuda medidas para conter a alta acentuada dos combustíveis, imposta pela nova política de preços da Petrobras. Em vigor desde julho de 2017, a prática autoriza à empresa realizar ajustes diários nos preços de venda dos combustíveis das refinarias às distribuidoras, o que provoca impacto direto no setor de transportes.

    Nas contas da entidade, o óleo diesel já acumula alta de 12% no preço médio cobrado das distribuidoras, desde a implantação da nova política. Com isso, o valor médio do litro do diesel, cobrado do consumidor final, saltou de R$ 2,97 em julho para R$ 3,30, apenas na primeira quinzena de dezembro. Com o reajuste anunciado, o custo operacional do transportador deve aumentar ainda mais.

    “O modo com que a Petrobras reajusta preços dos combustíveis, principalmente óleo diesel, está sufocando o transportador brasileiro”, explica Clésio Andrade, presidente da CNT. “É um grande absurdo e o pior é que isso afeta quem faz circular a economia brasileira, que é o transporte de pessoas e de bens. Toda a economia está sendo prejudicada. Vamos adotar as medidas necessárias para resolver essa questão, sejam elas jurídicas ou políticas”, afirma.

    Conforme a Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2017, 84,2% das empresas de transporte não concordam com essa política e 87,5% não perceberam, após a vigência da nova regra, queda nos preços dos combustíveis.

    A Petrobras argumenta que a possibilidade de realizar ajustes nos preços a qualquer momento permite que as flutuações do câmbio e do preço do petróleo no mercado mundial sejam repassadas com maior rapidez. Conforme a empresa, isso garante “maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo epossibilita à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”.

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