Indústria automotiva gasta R$ 2,3 bi/ano com burocracia

O setor automotivo, por exemplo, gasta R$ 2,3 bilhões apenas para fazer cálculos e processamento de tributos.

De acordo com estudo da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), divulgados nesta semana, o Brasil gasta muito com burocracias. O setor automotivo, por exemplo, gasta R$ 2,3 bilhões apenas para fazer cálculos e processamento de tributos. Segundo os dados, as empresas brasileiras perdem competitividade em âmbito mundial em virtude desses custos.

Gastos com mão de obra, softwares, serviços e custos legais chegam a 1,2% de todo o faturamento da indústria nacional. Além disso, enquanto a média global para cálculos de impostos em empresas é de 231 homens/hora por ano, no Brasil a necessidade é de 2.507 homens/hora. As informações são da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

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“É importante ressaltar que esses R$ 2,3 bilhões não são os gastos com impostos. Mas, sim com pessoal sistemas e burocracia para poder calcular e acompanhar as obrigações tributárias. Isso é um absurdo. Poderíamos gastar esse dinheiro com novas tecnologias e novos produtos”, afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Burocracias são mais caras que plano de investimento

O executivo destacou que esse valor é maior que o exigido pelo Rota 2030. Plano traçado para o investimento das montadoras em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com as metas do programa, neste ano o investimento mínimo das fabricantes de veículos leves em P&D deve ser de 0,7% sobre o faturamento. Posteriormente, a porcentagem sobe para 0,85% em 2020, 1% em 2021 até atingir 1,2% em 2022 e 2023.

A entidade defende a urgência de uma reforma tributária. A expectativa é de que ela resulte não só em melhor aproveitamento do dinheiro gasto na burocracia, mas também funcione como incentivo às empresas para investir no país tendo consciência das mudanças em médio prazo. “Não é um problema da indústria automotiva, mas do Brasil. Não consigo imaginar que essas reformas não vão ser aprovadas pelas consequências que a gente vai enfrentar se elas não forem. Vai ser um caos”, diz Moraes.

Fonte: Autoesporte

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