Governo e caminhoneiros fecham acordo para evitar nova paralisação

Em reunião realizada nesta segunda-feira (22), os representantes dos caminhoneiros autônomos juntamente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, conseguiram fechar um acordo evitando uma nova paralisação da categoria.

A principio, o governo prometeu implementar a política de frete mínimo. Além disso, a partir de hoje (23), os caminhoneiros terão a liberdade de denunciar ao ministério, sem risco de penalidade, as empresas que descumprirem a política de preço mínimo.

Até ontem, quando reportavam as infrações para a ANTT, os caminhoneiros também recebiam multas. O valor era de R$550. Entretanto, agora eles estão livres dessa atuação.

De acordo com o caminhoneiro Dedéco, depois da denúncia passar pela análise do ministério, seguirá para a agência de transportes efetuar a multa em até 30 dias.

“Eu carrego o meu caminhão, se o embarcador não me pagar o piso, pego os documentos, ligo para o sindicato, que faz uma cópia desses papéis e um protocolo, depois leva direto para o ministério da Infraestrutura, ao invés de levar para a ANTT”, afirmou Dedéco.

Segundo o presidente da CNTA (Confederação Nacional do Transportes Autônomos), Diumar Bueno, o ministro gravou um vídeo se comprometendo em cumprir o acordo anunciado. O vídeo foi compartilhando pelas redes e Whatsapp dos representantes sindicais.

Em seguida, os representantes sindicais ligados à CNTA repassaram o vídeos para os caminhoneiros cancelando a paralisação.

Preço do diesel

Em vídeos da reunião obtidos pela Folha de S. Paulo, um dos caminhoneiros representantes exigiu do ministro uma resposta referente o preço do diesel. No entanto, Tarcísio respondeu que não existe uma “fada madrinha, que bate com a varinha de condão na Petrobras e sai o óleo diesel. Nós importamos derivados [de petróleo]”.

Relembre: Petrobras desiste de aumentar preço do diesel

Nova política de frete mínimo

De acordo com Dilmar Bueno, o governo precisará de cerca de dois meses para implementar a nova política de frete mínimo. Visto que terá novos padrões de cálculos que já estão sob consulta pública.

Segundo ele, estima-se que o piso do frete sofrerá uma alta entre 10% e 17%. Além disso, ele completou dizendo que as negociações vale para os caminhoneiros autônomos.

Desse modo, ele afirma também que se as promessas não forem cumpridas dentro do prazo pelo governo, as negociações serão reabertas com uma pressão por paralisação muito mais forte.

 

 

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