Ministro diz que uso de simulador “É lobby, é máfia”. Estudo aponta benefícios

Uso ou não do equipamento é motivo de discussões em diversas confederações por todo Brasil

O uso do simulador veicular vem causando polêmica e sendo tema de debates em todo o setor de transporte. Recentemente, o governo federal, através do ministro da infraestrutura Tarcísio Gomes Freitas, disse que pretende acabar com a obrigatoriedade do equipamento, que está em vigor desde 2016.

“Vamos acabar com esse troço. Mas vão dizer que é importante… coisa nenhuma. Isso é para vender hardware e software, só para aumentar custo. É lobby, é máfia. Então, vamos acabar”, disse Freitas durante a Convenção Nacional da Confederação dos Transportadores Autônomos (CNTA).

O posicionamento do ministro faz parte de uma série de ações, que segundo ele, fazem parte da estratégia de desburocratização do novo governo. “A gente tem uma determinação do presidente Bolsonaro: facilite a vida do usuário, facilite a vida do cidadão. Essa é uma obstinação dele. Não foi por acaso que puxamos o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) para o Ministério da Infraestrutura, que acompanha o dia a dia do setor”, afirmou.

ANFASP defende a manutenção dos simuladores em reunião no Denatran

No último dia 13/03, esteve em debate no Denatran, em Brasília, a proposta do governo federal para desburocratizar o sistema de formação do condutor no Brasil, sendo um dos temas discutidos o fim da obrigatoriedade dos simuladores veiculares. A Anfasp (Associação Nacional de Fabricantes de Simuladores Profissionais), presente no encontro, divulgou alguns estudos comprovando a eficácia da utilização do simulador no processo para obtenção das habilitações.

De acordo com as pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Santa Catarina, o uso do equipamento contribui positivamente para a formação de condutores aprimorando habilidades de autocontrole e segurança dos novos condutores. Para comprovar isto, o estudo destacou que alunos submetidos às aulas de simuladores, obtiveram melhores desempenhos nas provas práticas, conseguindo maior índice de aprovação.

Segundo Renata Herani, Presidente do Conselho Deliberativo da ANFASP, o aprendizado adquirido por meio da condução simulada é a melhor alternativa para formar condutores conscientes. “Treinando em situações controladas, é possível garantir melhor aproveitamento, resultando na redução das reprovações nas provas práticas”, destacou.

Compartilhe nas redes sociais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, entre com seu comentário
Por favor, entre com seu Nome aqui!