Funcionários da CPTM entram em greve

Paralisação afeta três linhas e deve atingir 1,7 milhões de passageiros em SP

Paralisação afeta três linhas e deve atingir 1,7 milhões de passageiros em SP

Começou à 0h desta quarta-feira (13) a greve dos funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira (12). A paralisação deve afetar 1,7 milhão de passageiros da Grande São Paulo.

Paralisaram as atividades funcionários das linhas 8 – Diamante, 9 – Esmeralda, 11 – Coral e 12 – Safira. Não pararam os funcionários das linhas 7 – Rubi e 10 – Turquesa. Ainda assim, nem todas as linhas estão paralisadas.

Três linhas encontram-se parcialmente paradas. A linha 9 – Esmeralda está paralisada quase totalmente, entre as estações Grajaú e Pinheiros. Para o trecho, a SPTrans acionou para a linha o Paese (Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) com 95 ônibus para os usuários.

A linha 11 – Coral encontra-se fora de funcionamento entre as estações Guaianazes e Estudantes, na zona leste. Neste trecho, a EMTU foi acionada para atender os usuários. Já a linha 12 – Safira está paralisada entre as estações Engenheiro Manuel Feio e Calmon Viana, e também é compensada pela ação da EMTU. Os ônibus do Paese são gratuitos para usuários da CPTM.  

A SPTrans (São Paulo Transporte), empresa responsável pelo transporte municipal, informou ainda que todos os 15 mil ônibus da cidade vão circular durante todo o dia.  

Reivindicações da categoria

Na manhã desta quarta, uma reunião de conciliação realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), entre os trabalhadores da CPTM e representantes da empresa, terminou sem acordo.

“Tentamos negociar, mas a CPTM não colaborou. Não tivemos outra alternativa a não ser decretar a greve”, afirma Everson Craveiro, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana. Trabalhadores ligados ao Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil também participam das negociações.

A categoria reivindica reajuste de 6,77% (equivalente à inflação do período), mais 5% de aumento real, pagamento de vale alimentação de R$ 200, vale refeição composto por 24 cotas de R$ 25, e adicional de risco de vida de 30% ao pessoal que trabalha em estações.

CPTM diz que greve é “irresponsável”

Em nota, a CPTM criticou a decisão, que considerou “irresponsável”. “A direção da CPTM ressalta que buscou todas as formas e alternativas no sentido de chegar a um acordo com as entidades sindicais envolvidas e, assim sendo, espera que seus empregados adotem postura responsável em favor da continuidade dos serviços prestados à população”, diz o comunicado.

A empresa afirma que apresentou nova proposta de reajuste salarial de 8,56%, aumento de 20% no vale refeição, que passaria de 22 para 24 cotas de R$ 23 por dia (R$ 552 ao mês), além de substituição da cesta básica por vale alimentação no valor de R$ 100.
O TRT determinou que os funcionários devem manter 100% da operação nos horários de pico, entre 6h e 9h e das 16h às 19h. Nos outros horários, 75% da operação deve ser mantida. Caso não cumpra a ordem, os empregados poderão ser responsabilizados civil e penalmente e terão de pagar multa de R$ 100 mil.

De acordo com Everson Craveiro, todos os cerca de  5.600 funcionários das quatro linhas não devem trabalhar nesta quinta-feira.

Fonte: Uol

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