Castello Branco critica tabela de frete e política de créditos do BNDES

O presidente da Petrobras afirma que o tabelamento do frete e as condições do BNDES são os principais responsáveis pelo ''sofrimento dos caminhoneiros''

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (19) a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional,
(foto: Mauro Pimentel/AFP)

O presidente da PetrobrasRoberto Castello Branco, voltou a criticar a tabela de frete. De acordo com o executivo, a medida estimulou o crescimento da frota no país, que segundo ele avançou 47,3% de 2008 a 2017. Para Castello Branco, juntamente com o piso mínimo do preço do diesel, a política do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para o crédito subsidiado foram os principais responsáveis pelo “sofrimento dos caminhoneiros”.

“Primeiro pela política de crédito subsidiado irresponsável por conta do BNDES. Entre 2007 e 2015 expandiu dramaticamente a oferta de crédito a juros subsidiado, incentivando irresponsavelmente a aquisição de caminhoneiro. Assim, muita gente que nem era do ramo foi atraída a comprar caminhão. A demanda por transporte de carga minguou e havia um excesso de caminhões na estrada, que continua pela solução adotada pelo governo passado  do tabelamento de frete”, disse ao participar nesta terça-feira (8/10) da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Segundo o presidente da Petrobras, na tentativa de proteger sua rentabilidade, o setor do agronegócio adquiriu caminhões. Dessa forma, contribuindo para o aumento da frota nacional.

O problema do preço do frete não é o diesel

De acordo com Castello Branco, o maior problema para o setor caminhoneiro do Brasil é a má condição das estradas brasileiras. “90% das estradas desse país não são pavimentadas, de acordo com a Confederação Nacional de Transportes. Então, não é o diesel o problema efetivo. É a falta de carga e a má condição das estradas brasileiras”.
Castello Branco acrescentou que a estatal implementou medidas para proteger o caminhoneiro da flutuação do preço do diesel, como a criação do cartão do caminhoneiro. “É um instrumento muito flexível e que demonstra nossa preocupação com o caminhoneiro, que tem sofrido muito”, disse.
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