BNDES minimiza efeitos do PSI na greve dos caminhoneiros

Um estudo publicado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu que não há relação entre o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e a greve dos caminhoneiros, contrariando a tese defendida por economistas, de que o aumento da frota de caminhões derrubou o valor do frete.

Chamado de O BNDES e a crise dos caminhoneiros, o estudo buscou responder se o PSI era, de fato, o principal fator por trás da paralisação. De 2009 a 2005, o PSI ofereceu crédito para aquisição de caminhões com taxas de juros abaixo da inflação real. “Não é possível estabelecer essa relação, ao contrário do que tem sido defendido por alguns economistas”.

“O argumento que coloca o BNDES no centro do problema costuma ser ilustrado pelas taxas de juros nominais de 2,5% ao ano (desconsiderando o spread), praticadas entre setembro e dezembro de 2012, no âmbito do PSI. Levando em conta que a inflação naquele ano foi de cerca de 6%, o programa implicava uma taxa real de juros fortemente negativa, o que estimularia a aquisição de caminhões novos. Cabe então analisar se esse movimento efetivamente derrubou o preço do frete”, propõe o estudo.

Segundo dados levantados junto à Agência Nacional de Transportes (ANTT) e à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de ônibus e caminhões apresentou uma retração de 38% em 2012, apesar das condições favoráveis de financiamento.

Além disso, entre 2011 e 2017, a taxa de expansão média da frota de caminhões foi de apenas 2,8% ao ano e há uma estabilidade nos últimos anos. A pesquisa aponta ainda que o preço relativo do frete não teve a esperada queda. “Na verdade, o movimento foi errático com o passar dos anos, sendo que seu valor no período 2014/2016 é superior ao preço vigente no período 2010/2011”.

Com informações da Agência Brasil

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